sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Sem desistir...

Mariquelma Próspero e seu filho Vítor, de dois anos, moram em Avelino Lopes, cidade do extremo sul do Piauí, distante da capital Teresina cerca de 820 km, normalmente vencidos em 14 horas de viagem. Vítor tem Hidrocefalia, e precisa viajar até a capital constantemente para prosseguir com o tratamento.

No último dia 27 de dezembro, Vítor passou por um transplante de córnea, do qual se recupera bem. A mãe, que descobriu a doença do filho aos seis meses de gestação, faz questão de dizer que Vítor é uma criança bastante ativa, que adora brincar. Na tarde quente da quinta-feira seguinte ao transplante de córnea, o menino, que passou pela primeira cirurgia nos primeiros dias de vida, dormia sossegado em um dos quartos da AMHOR (Associação de Portadores de Melomeningocele, hidrocefalia e transtornos neurológicos orando por recuperação), enquanto Mari nos contava sua história de vida.

“Às vezes começamos a fraquejar, desanimamos, mas logo passa. Agradecemos a Deus por termos nossos filhos”, relatou Mari, referindo-se à luta diária dos pais e mães de filhos portadores de necessidades especiais como a Hidrocefalia e a Mielomelingocele. Assim como Mari, mães que vêm do interior em busca de tratamento para os filhos e não têm familiares na cidade encontram na AMHOR um ponto de apoio, um lugar para ficar. A associação não tem fins lucrativos, e já atua há um ano. No final da conversa, Vítor acorda, e é trazido à sala da AMHOR ainda esfregando os olhos de sono, com aquele semblante inocente que só as crianças sabem fazer.



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